quinta-feira, 22 de abril de 2010

Páscoa Branca

Este ano resolvemos aproveitar o feriado prolongado de Páscoa e fomos nos aventurar em algo diferente. As regras eram: Tínhamos que ir fazer algo que ambos nunca tivéssemos feito. E lá fomos nós, atendendo ao convite dos amigos João e Sara, para a imensidão branca da Serra da Estrela.

Eu amei! Apesar dessas imagens gélidas que até dão medo, a gente chega a sentir calor com a roupa de neve, isto é, se você for esquiar ou fazer snowboard sente um calor danado, mas se ficar parado por muito tempo... não sente nada... não sente os dedos dos pés, não sente os dedos das mãos e por aí vai...

Depois de cavar muito conseguimos entrar neste mercadinho e fazer umas comprinhas. Just kidding! Não tivemos que cavar nada, mas a altura da neve no chão é impressionante. Lá dentro é bem aquecido e a gente esquenta mais ainda quando começa a mastigar as provas de queijo e embutidos típicos da Serra da Estrela. Nada como umas comidinhas calóricas para aquecer o corpo, não é mesmo?

Na foto abaixo estamos os quatro radicais do gelo: o João e o Filipe esnobando com os seus snowboards, e eu e a Sara pagando mico com os nossos trenós "deixa-eu-ganhar-intimidade-com-a-neve". No primeiro dia a minha diversão foi só essa, deslizar montanha abaixo sentada nesse trenó. Nem precisa dizer que acabei de vez com o que restava da minha coluna e que o meu maior desafio nem era descer a montanha no trenó, mas sim conseguir andar sem patinar no gelo e me estabacar no chão a cada dois passos.

Vencidos esses "pequenos" desafios e depois de muita gargalhada, no segundo dia eu me enchi de pose e resolvi alugar o equipamento de esqui completo (botas, esquis e bastões por €25,00 para usar o dia todo). Eu não tive dificuldade para me equilibrar no esqui e saí esquiando logo de primeira, só não contava com uma coisa: eu não sabia frear. Qual foi a solução que encontrei? Me jogar pro chão pra não atropelar os inocentes na minha frente. O detalhe é que esta solução foi paliativa, porque gerou um outro problema: eu não conseguia levantar com os esquis. Parece simples, mas se você não tirar as botas, só levanta se alguém te ajudar. E como eu estava no meio da pista, ninguém parava pra me ajudar, e eu fiquei lá, que nem uma tartaruga com o casco pra baixo, girando de um lado pro outro... em vão. Felizmente, eis que surge como um oásis no deserto, o meu maridão. Já havia me procurado por todos os lados e quando avistou "um ponto preto" estático no meio da imensidão branca, chegou perto pra ver o que era, e era eu.

Foi tudo muito divertido e cheio de adrenalina. Andar na neve, esquiar, usar aquelas roupas... foi tudo muito diferente do que eu já havia feito e eu adorei a sensação de não ter medo e de me deliciar com o vento gelado enquanto descia montanha abaixo. Logo eu que não atravesso a rua fora da faixa e não ando em montanha russa porque tenho medo de cair... foi uma experiência reveladora para mim e diga-se de passagem, o Filipe também ficou admirado de me ver esquiar com tanta segurança.
Uma coisa ficou decidida, enquanto morarmos por perto de uma pista de neve, todos os anos vamos esquiar, ou melhor, eu esquio e o Filipe pratica snowboard. Ele realizou um de seus sonhos praticando este esporte e confirmou o que eu já sabia, que ele leva jeito pra todos os esportes radicais. Vejam abaixo as fotos que não me deixam mentir:

Eu, firme e forte nos esquis.

O Filipe, arrasando no snowboard.

Um comentário:

  1. A parte do teres caído está um pouco a teu favor... a verdadeira história só eu a sei!!! hahahaha

    ResponderExcluir

Deixe aqui sua opinião sobre o que pensa e sente a respeito do que lê no Duas Terrrinhas. É o retorno dos leitores que me incentiva a continuar. Obrigada!