No sábado passado fomos ao casamento de um casal amigo desde os tempos do Brasil, Diogo e Bárbara disseram o "sim" em uma bela igreja em Guimarães e isto nos fez ter de ultrapassar certos desafios para estarmos lá.
Desafio #1
No convite veio escrito "Traje: Fraque". Fraque? Como assim, fraque? Aquele que os maestros e os pinguins usam? Mas o Filipe não tem fraque!
Solução: Alugar um fraque. Fora isso ele teve de comprar camisa social branca, gravata e sapatos sociais (pelo menos na loja onde alugamos, estes complementos não vinham incluídos), quem conhece o Filipe sabe que o estilo dele tá mais pra cantor de rock em festival alternativo do que pra frequentador das páginas de Caras.
No final das contas: O Filipe amou usar o tal fraque. Voltou da loja de aluguel de roupas empolgadíssimo, dizendo que o fraque é muito mais bonito e alternativo que um fato normal e passou os dias que faltavam pro casamento ansioso para vesti-lo. No dia, ficou tão ou mais nervoso que o noivo (eu acho) e só relaxou quando chegou na igreja e viu todos os outros "fraqueados" juntos. Ele já decidiu que no futuro vai mandar fazer um fraque sob medida para ele e de agora em diante, espera receber vários convites de casamento que peçam fraque como traje.
Desafio #2
Eu não tenho vestido social aqui em Portugal! E onde vou arranjar dinheiro para comprar um agora? As *amigas do trabalho se mobilizaram para me ajudar e até me ofereceram vestidos delas para eu experimentar, mas já que ainda temos 2 casamentos para ir até o fim do ano, decidi que era melhor comprar um que coubesse direitinho em mim e que eu ainda possa usar muito.
Solução: A minha fada-madrinha estava aqui na semana que antecedia o casamento e como toda fada-madrinha que se preze, ela me proporcionou o traje para eu ir bela como a Cinderela à festa.
No final das contas: Eu e algumas amigas do trabalho tivemos umas tardes a la Sex and The City (versão genérica) em lojas de marca com aquele lance de coleções passadas que ficam pela metade do preço. Encontrei o vestido ideal logo na primeira loja. A mãe da Dani ajustou o comprimento do vestido e eu me senti realmente muito elegante, digna de acompanhar o senhor fraqueado ao evento. Na festa o que eu mais ouvia era "gaja, estás muito gira!" traduzindo "garota, estás muito bonita!".
Desafios #3 e 4
Não temos carro pra ir e vir de Guimarães e mesmo se tivéssemos eu não ia deixar de beber para depois dirigir de volta ao Porto. Temos que dormir lá. "Dormir lá? Lá tem parque de campismo?" "Filipe, como é que a gente vai se vestir a rigor numa tenda de campismo?" Descartada esta hipótese, partimos para outras mais realistas.
Solução: Fomos e voltamos de comboio e tivemos de ficar num hotel 3 estrelas porque foi o único que tinha vaga para aquele fim de semana e que aceitava reserva pelo telefone sem ter que fornecer número de cartão de crédito, pois o meu cartão internacional o Bradesco resolveu cancelar por furto sem ele nem ter sido furtado e o cartão que solicitei do meu novo banco aqui em Portugal ainda não chegou.
No final das contas: O hotel era bem confortável, em frente à estação de comboio, o que nos facilitou muito a vida, e relativamente perto da igreja e do local da festa, aliás, em Guimarães tudo é perto.
Desafio #5
O nó da gravata. Quando compramos a gravata do Filipe a senhora que nos atendeu ensinou a dar o nó e nós acreditamos que tínhamos aprendido. Enquanto eu me maquiava pra festa ouvia o Filipe quase dando um nó em si mesmo, menos na gravata. Resolvi dar uma forçinha e depois de duas tentativas, desisti.
Solução: "Filipe, vai lá na recepção do hotel e pede pro recepcionista te ajudar. Ele usa gravata pra trabalhar e vai fazer isso de olhos fechados." E o Filipe: "Achas mesmo?" "Acho! Vai lá amoreco, não perde mais tempo com isso." Uns minutos depois, entra o Filipe no quarto dizendo: "Amoreca, ele também não sabe. Ninguém sabe dar nó em gravata aqui neste hotel. Ele até que teve boa vontade, ligou pra todos os colegas dele e pras camareiras e ninguém sabe. Ele disse que aquele nó da gravata dele já veio feito e ele nunca mais desfez, só faz afrouxá-lo e apertá-lo, mas eu vou dar um jeito...
No final das contas: Eu me maquiando na casa de banho e o Filipe lutando com a gravata no quarto. Já estava 10 a 0 pra gravata quando ouvir o Filipe dizer: "Isso tem que ter lógica matemática! É uma questão 'booleana'... e foi assim, com a ajuda da matemática que o Filipe deu o seu primeiro nó de gravata e nós seguimos lindos, perfumados e endividados até à terceira geração pro casamento do ano!
(Não perca a continuação desta história com fotos da festa na próxima postagem)
* Amigas do trabalho que me deram a maior força: Patrícia, Dani, Mônica, Martíssima, Dri, Gabi, Aninha, Carolina e Olímpia. Muitos beijos e um grande obrigada a todas!
vixe, que novela. fala pro filipe que se ele tivesse nascido no seculo retrasado podia usar fraque todo dia! e vc está linda, o cabelo está ótimo nesse corte. bjs! mari lance
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