
"Annie" é um musical da Broadway que conta a história de uma órfã que é adotada por um milionário. Estreou nos cinemas no Brasil em 1982, quando eu tinha 8 anos e alguns meses depois já estava nos vídeo clubes que surgiam pela cidade. Naquela época, nós morávamos em Manaus e os meus pais se associaram ao Vídeo Clube do Brasil. Como o clube era na esquina de casa, toda semana eles alugavam um filme pra eles e um filme pra mim e pra Camila (o João Paulo ainda era só um plano). Eu só queria assistir a Annie e como a Camila só tinha 5 anos e não era tão vidrada nos filmes como eu, lá iam meus pais toda semana levar a fita VHS da Annie pra casa. Alugaram tanto a tal fita que a dona do Vídeo Clube a deu de presente pra mim. Fiquei radiante e imagino a tortura que isto foi pros meus pais porque ao invés de Annie toda semana passou a ser Annie toda tarde quando eu chegava da escola. Eu ainda não falava inglês e muito menos tinha prática na leitura das legendas, mas ficava fascinada com as músicas, as coreografias e com o enredo deste musical.
Com o tempo, fui adquirindo outros interesses (E.T, Benji, Lessie, Xanadu, Grease, Flashdance...) e a VHS da Annie foi ganhando mofo, até que um dia sumiu de vez.
Já depois de adulta (não faz muito tempo, hehehe), comecei a procurar este filme pra relembrar a história que marcou a minha infância e nunca conseguia encontrar. Tentei até na Internet, sem sucesso. Eis que mês passado, num sábado a tarde, dei de cara com Annie passando no TVCine4. Mal conseguia acreditar! Lá estava a ruivinha sardenta cantando e dançando em minha frente novamente. Assisti até o fim, feliz da vida porque ainda lembrava as canções e finalmente pude entender os diálogos (a história eu continuo sabendo de cor). Me emocionei no final, não só pelo final emocionante do filme, mas principalmente por todas as recordações que ele me trouxe. Enquanto eu via o filme, senti de novo o ambiente da nossa casa em Manaus, na rua Marçal. Tive a sensação de estar no chão friozinho da sala (em Manaus faz um calor!), largada entre as almofadas, com a presença dos meus pais e da minha irmã por perto. O mundo podia estar de cabeça pra baixo lá fora que eu cá comigo não tinha nenhuma preocupação, a não ser torcer pro final feliz do filme que eu não cansava de ver.

Como se não fosse pouco, hoje, mais uma vez mudando de canais na TV, achei o E.T. - O Extraterrestre passando no canal Hollywood. Lá fui eu pro sofá relembrar mais um pouco da minha infância, mas durante este filme, lembrei mais do papai do que de mim mesma. Lembrei de como ele adorou os efeitos especiais do filme e a música tema. Lembrei que sempre que assistíamos o E.T, acabávamos por conversar sobre vida nos outros planetas, sobre vida após a morte, sobre o espaço, sobre UFOs... sempre concordávamos em nossas opiniões e sempre acreditávamos que somos grãos de areia neste universo do qual não sabemos nada perto do que ainda há para sabermos e que só a grandeza e infinita bondade de um Ser Supremo era capaz de manter tudo isto em perfeito estado de funcionamento e coexistência. Tenho impressão que o papai a esta altura já deve saber mais do que pudemos questionar juntos e acredito que um dia vamos poder continuar nossas conversas com um pouco mais de conhecimento de causa. Vale ressaltar que chorei pela milésima vez ao ver o E.T morrer, ressuscitar e se despedir. Tudo me faz crer que todas as despedidas são temporárias, inclusive a do E.T com o Elliot.
FILHA,POSSO LHE GARANTIR Q SEI DE CADA TRECHO DO "ANNE",parece q stou vendo vc c sua irmã deitadas no chão balançando as perninhas todas compenetradas ,as vezes rindo as vezes chorando.Lembro da música INTEIRA,lembro dos "porres" da mulher pervesa do orfanato,lembro tudo,tudo mesmo.Gostarias de tê-las assim sob meu olhar atento ,amoroso,servindo lanchinhos,acalmando q tivessem paciência q no final do filme tudo ia ficar bem c a menininha Anne.Pois minha filha,ainda penso assim;viveremos tudo o q tivermos p viver, mas no final tudo acabará bem porque nos amamos muito,e este amor nos levará muito longe,ultrapassrá o tempo e o espaço vc sabe!Beijos!E por favor n páre de escrever ,seu blog me sustenta.MAMÃE
ResponderExcluirAi quem me dera ver pela primeira vez o E.T.! Pelo menos vamos ter o prazer de observar a reacção de nossos filhos quando pela primeira vez assistirem o filme!
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