
Comecei o ano igualzinho à moça da foto. Como aqui em Portugal nos primeiros 30 dias de trabalho qualquer uma das partes pode rescindir o contrato sem aviso prévio, foi o que eu fiz. Desisti por vários motivos com os quais até poderia me adaptar se achasse que valia a pena, como por exemplo a distância da minha casa (moro no Porto e trabalhava em frente a uma praia distante em Vila Nova de Gaia); os dois autocarros que tinha que apanhar na ida e na volta davam tantas voltas que eu até ficava nauseada às vezes e ainda tinha que andar por 10 min pra chegar lá (caminhar era a parte boa, mas num vendaval e frio imperdoáveis não é assim tão agradável); ter que acordar às 7:20 da manhã quando aqui ainda é noite por causa do inverno; a dificuldade de me integrar com as pessoas e etc. Entretanto, o motivo mais forte e que me venceu foi o fato de eu ter que enfrentar tudo isso pra chegar lá e ficar literalmente "olhando as unhas crescerem" (como diria o tio Henry), sem fazer nada, das 9:00 às 18:00. Quase não tinha serviço pra mim e como eu não podia usar a internet para fins pessoais, no início eu ficava lendo dicionário pra ajudar a passar o tempo. Cansei na letra "Q"!
Já na última semana descobri uma biblioteca virtual na internet (aliás, há várias), e acabei por ler um livro inteirinho em 3 dias. O livro chama-se "As Mulheres Francesas Não Engordam" e ao invés de falar em dieta, fala em qualidade de vida e no estilo francês de se relacionar com a comida (a leitura é para mulheres mas eu recomendo a todos, e tem umas receitas deliciosas no livro). Decidi iniciar o ano buscando a minha qualidade de vida e aqui estou. Vou tentar trabalhar como tradutora free-lancer e se não der certo, busco novo emprego mais perto de casa.
Ps: Apesar das estrelinhas na foto, não dói chutar o balde, se algo estiver lhe incomodando a ponto de prejudicar sua vida noutros setores, não crie um câncer, CHUTE O BALDE MESMO!
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